Agora, a Marvecaiada!
A Marvel começou como uma editora de Pulp Fiction chamada Timely Comics. Ela lançava algumas revistas no formato Pulp desde a década de 1930, até lançar a primeira revista com o nome Marvel Comics, em 1939, onde apareciam o Namor, o Aquaman que deu certo, e o Tocha Humana (não o que todos conhecem, e sim um andróide lá). Com o mercado crescente das Histórias em Quadrinhos de super heróis, essa linha continuou, e em 1941 foi criado o primeiro super heróis patriota, o Capitão América por Jack Kirby. O Capitão foi um grande sucesso de vendas, obviamente, já que era o meio da Segunda Guerra Mundial. Então, com isso, a Timely Comics consolidou o título Marvel Comics, e também o seu espaço no mercado das HQs.
Com o fim da Segunda Guerra Mundial e a vinda dos anos 50 com a viadagem do livro do Frederic Wertham, a Marvel abriu o leque de publicações, como comics de terror, faroeste, etc. Stan Lee e o John Romita Sr. (conhecido como Romitão) até ensaiaram uma volta do Capitão América como carro chefe da editora os meados da década, mas não conseguiram.
“Crianças, matem nazistas de cara vermelha.”
Na década de 60, a Marvel conseguiu se aproveitar do pioneirismo da DC mais uma vez, que conseguiu voltar com as histórias de super heróis no fim da década de 50 criando um supergrupo (Liga da Justiça), e foi quando apareceu o Quarteto Fantástico em 1961 e os X-men em 1963. Em 1966, Stan Lee e Jack Kirby usaram pela primeira vez o super vilão mais forte da história da ficção (ou não) , que todos nós conhecemos por ser ninja, ser barra pesada, e que quando ele aparece, baubau. O Galactus, que o Hulk, O HULK, quando bate nele é como se fosse um mosquito.
Diferente da DC, a Marvel ainda mantinha fortes as publicações de histórias sem super heróis para adquirir fundos.
Ele é ninja.
Nessa época surgiram também personagens como o Homem Aranha e o Demolidor, que fizeram a linha de personagens urbanos da Marvel. Naquela época, os super heróis tinham características mais humanizadas, como a falibilidade, dúvidas e relações com pessoas que não eram super especiais, enquanto a maioria dos heróis da DC tinham a personalidade padrão de herói (menos o Batman, que foi do cara mais soturno do mundo pro maior boiola enrustido, até ser virar o maior BADASS MOTHER FUCKER DA HISTÓRIA na década de 80). Essa “humanização” dos super heróis encabeçada por Stan Lee foi que deu a ele o nome que ele tem até hoje no mundo dos quadrinhos. A tradição de criação da Marvel de vários universos dentro do Universo Marvel começa aí, afinal não existe um norte facilmente achado para todos as publicações, até pelo teor e clima de cada publicação. Os X-men tratavam mais de assuntos políticos e adultos, como o preconceito, a alienação política, entre outros temas, enquanto o Homem Aranha mostrava um adolescente órfão tendo que lidar com a entrada para a vida adulta.
“Eu tenho muito mais dinheiro do que você!”
Durante a durante a década de 70, a Marvel sofre principalmente com problemas de distribuição, tendo mais uma queda nas vendas, provenientes do fim da era Stan Lee no cargo de Editor Chefe. No final da década, as vendas voltam a crescer com os X-men, quando encabeçados por Chris Claremont e John Byrne, que adicionaram profundidade nos personagens e histórias do supergrupo, com algumas sagas importantes, como a saga da Fênix Negra e as putarias temporais dos X-men que nós conhecemos. O seriado animado que fez sucesso no começo da década de 90 foi baseado nessa época.
Quando Jim Shooter entrou na chefia, começou a era de ouro da Marvel (financeiramente falando). Ele conseguiu colocar ordem na casa, arrumar os títulos e manter a Marvel na frente da DC em vendas durante três décadas, praticamente. Mas, no que se diz à criação, muitas vezes ela perdeu pra DC na década de 80. O grande evento da Marvel na época foram as Guerras Secretas, que unia todo o Universo Marvel com a premissa mais idiota possível, enquanto do outro lado víamos a Crise nas Terras Infinitas, que também não tem a premissa mais brilhante do universo, mas consegue construir uma história bem mais interessante. Sem contar os acertos críticos Cavaleiro das Trevas e Watchmen. Tirando uma revista ou outra, como o Elektra Assassina, a Marvel sobreviveu apenas da venda de títulos mensais já conhecidos pela massa, nos quais não tentavam nenhuma inovação.
Influência de Surrealismo na HQ. Irado!
Nos anos 90, Rob Liefeld trabalhou na Marvel.
Capeitão América
Atualmente, a Marvel tem tido problemas ao encabeçar a lista de mais vendidos desde a saga Blackest Night da DC, que marcou uma reforma no quadro do Universo Marvel, recuperando vários personagens, fazendo inúmeros retcons para formatar antigos heróis para o mercado atual. E também têm disputado cada vez mais o mercado cinematográfico com a DC, principalmente do começo do século pra cá.
Acabado o histórico pra Marvecalhada, semana que vem virão as considerações finais!
Beijocas Assassinas!