Ano passado (uau, quem diria!) fiz um review sobre Tron: O Legado, que é uma continuação do Tron Primeirão, lançado em 1982.
O novo filme me deixou curioso sobre o antigo, então no dia seguinte à ida ao cinema fui ao Mercadão de Madureira achar o clássico.
Muito bem, o Tron clássico foi um dos primeiros filmes a usar computação gráfica em seus efeitos visuais e, provavelmente, o primeiro a fazer um uso tão massivo de CG. Sério, em várias cenas tudo o que aparece na tela é pura CG! Hoje em dia estamos acostumados com isso, mas em 1982 era completamente revolucionário! Ninguém jamais havia feito algo tão ousado! Inclusive foram usadas várias técnicas e equipamentos pela primeira vez na História do cinema!
Um Hurra para Tron!
HURRA!
Vamos à história: O jovem gênio da engenharia de software Kevin Flynn (Jeff Bridges quando era novo e ainda mais bonachão... sim, mais ainda!) trabalhava feliz e pimpão por dezenas de horas diárias na Encom (Microsoft! haha) fazendo jogos, até que um dia o malvadão Ed Dillinger (David Warner) rouba a autoria de suas criações. Safadinho não?
Com isso, Dillinger vai subindo de posto na empresa, enquanto Flynn vira dono de uma loja de fliperamas. Por causa dessa malandragem, Flynn começa a tentar invadir a rede da Encom para achar evidências de que o sacanearam, criando programas chamados Clu. Mas ele sempre falha devido à rede de segurança feita por Dillinger chamada Master Control Program (MCP).
Por causa dessas tentativas, Dillinger faz com que os códigos de acesso dos funcionários sejam fechados, o que irrita outro camarada, Alan Bradley (Bruce Boxleitner). Ele diz que esse fechamento vai atrapalhar seu programa Tron, que serve para monitorar a comunicação do MCP com o mundo exterior.
Tron, he fights for the users!
O chefão obviamente caga pra isso e o manda pro caralho e então só resta uma alternativa para Alan, que é pedir ajuda à sua namorada e colega de trabalho Lora Baines (Cindy Morgan) e ao seu meio desafeto Kevin Flynn para invadir o sistema da Encom de dentro da empresa. E esse dentro acaba sendo feito do jeito mais literal possível, e não por vontade própria dos invasores.
A partir daí começa a brincadeira de verdade, onde os bonzinhos tem que enfrentar o malvadão MCP, de dentro do mundo digital e de fora.
O filme tem sempre um climão descontraído, baseado principalmente na personalidade bobalhona do personagem do Jeff Bridges. Aliás ele é um herói típico dos anos 1980, porque naquele tempo se você não era um justiceiro com um trabuco na mão, você era um espertinho com algumas morais elevadas.
Tron: Uma Odisseia Eletrônica (que nome babaca, obrigado tradutores!) é uma jornada onde os personagens precisam passar pelos mais variados obstáculos, criando um clima aventuresco da melhor qualidade. Isso acontece também pela criatividade dos escritores com os desafios do mundo digital, além do visual diferente de tudo que já tinha sido feito até então.
Batalhas de Lightcycles são awesome!
E o visual merece uma análise separada: ele é incrível! Tron foi o primeiro filme a apresentar como seria um mundo de realidade virtual. Eles fizeram todo um mundo novo somente com a tecnologia de CG completamente inovadora e nunca usada antes na época (e hoje absolutamente arcaica). Claro que hoje em dia os efeitos fazem os olhos doerem, mas este filme tem que ser visto como um pioneiro, e não deve ser julgado por qualquer conceito de CG que temos hoje.
Se não fosse pela iniciativa de filmes como Tron jamais teríamos os estonteantes efeitos de filmes como Tron: O Legado, por exemplo.
Tron é um filme muito divertido que poderia passar tranquilamente na Sessão da Tarde.... isso se ela ainda passasse filmes legais hoje em dia e não só porcarias protagonizadas por crianças e/ou animais falantes (redundância?).
Ah, e já que citei o novo Tron, tenho que falar: Estão de parabéns os envolvidos no novo filme pela quantidade IMENSA de referências e pelo grande respeito que tiveram com o clássico de 1982! Vale muito a pena ver o antigo antes do novo, pois você vai aproveitar muito mais o Legacy. E isso é um fato.
See ya!
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