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quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Review: “Cisne Negro” do Aronóvisvis

Digam lá, meninada! Em tempo de Oscar, é sempre bom assistir os filmes que tão mais cotados pra ganhar o Surfista Dourado, pra poder reclamar que nem mula manca depois! E o Round Final vai fazer um esforço e falar pra vocês sobre eles. Eu, por exemplo, vou falar sobre o filme “Cisne Negro”, do Aronóvisvis!

cisne negro

Aronóvisvis é também conhecido como “o Diretor e Roteirista de Réquiem for a Dream”. Devo dizer pra começar que não gostei de Réquiem for a Dream, e devo dizer que Cisne Negro também não me apeteceu muito. No que se diz a Réquiem, eu não vou falar muito, só vou deixar a melhor crítica que eu li sobre ele, que foi num blog de um amigo.

Agora, sobre Hyoga Afrodescendente, vamos começar. O filme tem uma premissa que eu realmente achei interessante, que é trazer o Ballet “Lago dos Cisnes” para o Telão, usando a história de uma bailarina que foi escolhida para dançar o mesmo. Percebendo isso no começo do filme, eu até decidi assistí-lo com bons olhos, já que eu gosto dessa troca de mídias (mesmo que reclame em 70% das vezes). O problema é que daí eu comecei a esbarrar em coisas que me irritavam na direção e um pouco no roteiro.

Tem algo que é pessoal, mas eu não gosto da superutilização de trilha sonora em filmes… Eu acho que se você utiliza demais de músicas incidentais, a impressão que passa é que você quer transformar todas as cenas em cenas épicas, e acho interessante quando um filme sabe dosar cenas normais e necessárias com cenas épicas de clímax. Devo dizer que os anos 80 (se não fossem os anos 80 e esse cachorro falante…) banalizaram a trilha sonora incidental, e esse mal assola até hoje o cinema. Dentro do conceito do filme, de passar um ballet pro cinema, acho que nem foi um erro, mas sim algo que me estressou.

black

As câmeras do Aronófsky são uma merda. É interessante quando o cara usa uma câmera mais dinâmica em prol da narrativa, ou a fim de dar uma sensação estética diferente mesmo, mas o que parece é que ele usa isso o tempo inteiro porque ele quer e ponto. Sem contar que em muitas cenas, quase todas as câmeras estão em close-up, e por mais que o filme seja um thriller psicológico, e tenda a ser um pouco mais claustrofóbico, esses closes acabam por matar a unidade de várias tomadas, como discussões e momentos de relação da personagem da Natalie Portman.

Como eu tinha percebido, e o Bernardo até explicitou melhor do que eu tava pensando, o ultradidatismo do filme irritaria até a Tia Maroca (que é falsa) do Jardim de Infância. A primeira coisa que você pensa quando a Mila Kunis (linda) entra na primeira cena dela é: “Olha ali o exato oposto da Natalie Portman.”. Isso por vários contrastes clássicos e que são exageradamente utilizados, como o jogo de claro e escuro, menina correta contra menina “street smart”… Esse fato leva a várias cenas totalmente desnecessárias ou merecedoras de um facepalm, e uma delas é a última cena do filme, que é tão brega quanto o cara do comercial da Skol sem a Skol. E antes que qualquer um diga aqui, a cena lésbica e você ficar em dúvida se ela se masturbou ou não e yadda yadda yadda NÃO É UMA SACADA DE MESTRE.

mila

A única parte que eu achei realmente interessante e que faz com que você realmente se sinta vendo um Thriller Psicológico que te deixa mais claustrofóbico é quando ela começa a se transformar no cisne negro, que aí a trilha casa bem com o filme, com as câmeras tremidas do Aronofsky e com a atuação da Natalie Portman.

FALANDO NISSO, vocês vão ter que convir comigo que a atuação da Natalie Portman não foi digna de premiação. Eu achei um papel extremamente acadêmico, só pra ganhar prêmios, e não foi nem de longe uma das melhores atuações dela. Até no Closer (aquele filme de merda – Haters gonna hate) ela foi melhor. Mas eu não sou judeu, nem jornalista, então dane-se a minha opinião!

5 comentários:

  1. O filme não é sobre Ballet somente. Existem outros aspectos que eu achei interessante, mas anyway...E concordo que a Natalie não deveria ganhar o Oscar. Mas você não pode competir com uma judia grávida e agora noiva de um bailarino francês.

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  2. Sim, o filme não é sobre Ballet, não foi o que eu falei aí em cima... Ele se usa do Lago dos Cisnes pra levantar todas as questões do filme. E mais uma vez eu digo sobre o ultradidatismo do filme, que despreza a sutileza e partindo do princípio que o público é estúpido... Esse que é o problema, além dos inúmeros problemas de estética do Aronóvisvis...

    E sobre a Portman, sem comentários! =P

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  3. Não li porra nenhuma mas adorei a piada do cisne negro
    UEHUEHUEHUEHUEHUHEUEHUE

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  4. Enquanto uns me xingam, outros só vêem a porra do Afrocisnei...

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