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quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Santíssima Trindade – Parte I: Tarantino fodão, pouco fodão ou fodamente fodão?

Bom, meninada. Devido ao post do Zé falando mal do Tarantino, tive que tomar algumas providências. A primeira providência foi rebaixá-lo de Trainee para Estagiário. A segunda foi pensar em fazer um post falando sobre Tarantino e o que eu gosto nele e respondendo várias ofensas que algumas pessoas (eu realmente conheço pouquíssimas pessoas que não gostam de Tarantino) contra ele e tal. Mas aí eu pensei: “Pra que fazer um post sobre isso, se eu posso esticar isso de modo que eu não precise pensar em algum assunto durante mais algumas semanas?” Então eu vim com mais uma idéia pra uma série sensacional do Kauê! Vou falar sobre os meus cineastas prediletos, a minha Santíssima Trindade! Começando, obviamente pelo bastardo sem glória, Quentin Jerome Tarantino!

 tarantino

Cara, pra mim, falar sobre o Lelekão é muito difícil, porque eu sou realmente um puta fã do trabalho dele, e ele tem vários aspectos que eu acho muito interessantes, então eu vou fazer esse post em tópicos, falando sobre as paradas mais fodonas dele! Lembrando que eu não sou nenhum puta estudioso, e sim apreciador, vou começar por…

  • Senso de Realidade

Eu acho importante, mas muito importante, quando você vai narrar qualquer coisa, você saber se inserir dentro do universo que você está tratando. Nao importa se é extremamente fantástico, ou mais palatável, mas se você vai tratar de uma narrativa, é interessante que você tenha um grau de imersão grande dentro da realidade em questão, até para que quem vai ouvir/ler/ver a história também seja capaz de imergir.

Porra, o Tarantino é NINJA nisso! O cara pega situações urbanas e, apesar de só se utilizar de elementos palpáveis, acaba criando tramas um tanto surreais, vide o encadeamento de situações bizarras e trashes no Pulp Fiction, tipo o Samuel L. Jackson falando sobre hambúrgueres na hora de cobrar uma grana. Ele sabe lidar muto bem com o equilíbrio entre palpável, bizarro e trash, daí ele cria um humor muito foda com isso tudo, fazendo você rir das situações inesperadas!

samuelljackson

DOES HE LOOK LIKE A BITCH?”

  • Tempo e Sequência

Acho que, quem já viu filmes do cara, sabe que ele tem uma mania de lidar com a sequência e cronologia. Os filmes dele não costumam seguir uma linha temporal certinha, focando em uma história, em um personagem e só. Ele faz flashforwards, flashbacks, histórias concomitantes, e brinca muito com a linearidade do tempo nos seus roteiros.

Reservoir Dogs, pra mim, é o melhor exemplo de como isso se dá na cabeça do Tarantino. Os elementos que vão completando a história, que poderia ser facilmente “linearizada” são dadas durante o filme, na forma de vários flashbacks, que vão mostrando o background dos personagens, o que aconteceu durante o golpe, os motivadores, o que leva a situação que eles estão… Isso tudo pra levar até aquele armazém, ou qualquer porra que valha, que é onde se passa o plot central do filme.

Se você assistir um filme com a linearidade cagada sem vontade é quase ouvir uma música do Djavan! São palavras soltas! Mas se você assiste numa boa, é algo que te prende a atenção, com um gostinho de algo não-convencional.

federerTarantino comemorando o Wimbledon 

  • Diálogo

Porra, eu acho isso importante pra caralho nos filmes do Tarantino. A maioria dos filmes por aí tem roteiros. Roteiros bons, ruins, médios, mas todos são roteiros. Quando você vê isso transcrito na tela, você vê, em sua grande maioria, atores seguindo roteiros um tanto pasteurizados, com as impressões de uma pessoa só que escreveu vários personagens. Nos filmes do Samuel Rosa Tarantino, os roteiros realmente se transformam em diálogos, e você vê isso latente na tela! E por vários fatores… Os atores são bons, a direção é ótima, e os diálogos escritos também são fáceis de se imaginar, quando você conhece o trabalho do cara e os personagens que ele costuma criar. E por isso, você também consegue se identificar e entender os personagens rapidamente, e de um jeitinho extremamente fluente, como no Kill Bill, que, apesar de ele segurar informações pra depois dos filmes e a narração western, você vai entendendo cada vez mais sobre Beatrix Kiddo por diálogos e pensamentos.

samuelrosaTarantino tocando com a banda. 

  • Considerações Finais

Bom, isso é o que eu acho principal pra sacar Tarantino e assistir os filmes deles com outros olhos. Eu tenho outras coisas a dizer sobre ele, mas se eu continuasse, eu nunca mais ia parar. Lembrando que isso tudo é o que eu acho sobre o garotão aí! DIGUE aí o que você acha também!

Cara, e quem vier com o papo de que o Tarantino é plágio de tudo, vá pra puta que pariu e vai ver mais filme, mermão… Eu não mereço isso não! Se for fazer críticas, faça críticas construtivas. É óbvio que tudo isso pode ter tido precursores, mas ele foi o único que conseguiu unir isso tudo, criar uma linguagem bem característica e adentrar o meio do mainstream com filmes que não consideram os espectadores idiotas, coisa que tem acontecido demais recentemente (tanto espectadores idiotas quanto filmes que os consideram como tal).

No próximo post, teremos mais um cineasta NINDJÁ!

joBeicas!

4 comentários:

  1. Ele é fodão de vez em quando

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  2. Ele só não é fodão quando eu não tô vendo um filme dele. Ou seja, papo de 6h por semana. Sacanagi!

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  3. Agora entnedi o pq do post! huahuahuauhauha

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  4. ATOOOOOOOORON o tio Tarantas!!!!!!! Ele é foda, ninguém no mundo se compara a fodidez dele!

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